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O dólar no governo Temer

As recentes intervenções do Banco Central, com o câmbio em torno de R$ 3,50, levantam a discussão sobre se existe um piso para o dólar. Mas há um ponto que embaralha esta visão.

Confirmado o impeachment, os rumos da economia, inclusive do câmbio, passam em breve a ser ditados por uma nova equipe, no governo de Michel Temer. Até agora, os nomes citados para a equipe do vice têm um perfil inclinado a uma menor intervenção no mercado.

Para Flávio Serrano, economista do banco Haitong no Brasil, o dólar pode cair para R$ 3,30, ou um pouco menos, à medida que se confirme a expectativa de mudança de governo, com a chegada de uma nova equipe econômica. Segundo o economista, caso se confirme o noticiário apontando a possibilidade de nomes de perfil mais ortodoxo no comando da economia, a ideia de que não há piso para o dólar se fortalecerá. “O mercado entende que haverá uma abordagem mais ortodoxa.”

A expectativa positiva do mercado quanto ao governo Temer tem sido fortalecida pelo noticiário recente sobre nomes para o governo. A lista de possíveis nomes para Fazenda e BC tem incluído Henrique Meirelles, Marcos Lisboa e Ilan Goldfajn, que foi diretor de política econômica no BC comandado por Armínio Fraga até 2002, além de Murilo Portugal, ex-secretário do Tesouro.

Fraga, também citado nas listas para a Fazenda, teria dito a Temer que ajudará com indicações, mas sem assumir o posto, disse hoje a Folha de S. Paulo. Fraga e Meirelles, que assumiram o BC em circunstâncias diferentes das atuais, em 1999 e 2003, permitiram uma apreciação acentuada do real nos meses seguintes. O afastamento de Dilma é esperado pelo PMDB para o início de maio.

As intervenções do BC não são evidência de um piso na faixa atual, em torno de R$ 3,50, diz Serrano.“O BC está aproveitando a janela para reduzir seu estoque de swaps.” Quando esta posição estiver mais reduzida, é possível que o BC deixe o câmbio mais livre, diz o economista.
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“O BC deve continuar a reduzir o estoque de swaps se o processo não tiver terminado no governo Dilma”, diz Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos. “Acho que a abordagem continuará a ser redução da volatilidade. Se o câmbio sofrer um processo de valorização muito rápido, o BC tende a suavizar o processo, mas não impedir que ocorra.”

Para Serrano, do Haitong, a importância do câmbio na melhora recente das contas externas não pode ser superestimada. Segundo ele, em larga medida, o que reverteu o déficit da balança foi a queda das importações, devido à recessão. O Brasil conviver com déficit não seria um problema, afirma, desde que haja uma política econômica consistente, que atraia investimentos e gere um crescimento sustentado do PIB.

O fato de o BC ainda ter um estoque de US$ 72 bilhões em swaps cambiais fortalece a ideia de um limite para queda do dólar, diz Nathan Blanche, sócio-diretor da Tendências Consultoria. “Não vai demorar para o exportador reclamar”, caso o dólar caia para níveis muito menores. Apesar do provável perfil mais ortodoxo da equipe de Temer, Blanche adverte que a melhora dos fundamentos fiscais levará tempo.

Cleber Alessie, operador de câmbio da H. Commcor DTVM, também não acredita que o BC esteja defendendo um piso em R$ 3,50. “Não vejo uma tentativa de controle do nível da moeda por parte do BC. Há uma expectativa de maior queda do dólar no curto prazo como um todo, devido à maior liquidez no mercado externo, com o Fed não devendo subir juros tão cedo, recuperação do preço do petróleo em relação ao começo do ano, além da evidente expectativa de melhora de cenário local.”

Fonte: EXAME

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