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Como a Petrobras saiu de uma empresa “praticamente” quebrada para uma que atrai investimento estrangeiro?

Em 2015, a companhia reportou o balanço do quarto trimestre de 2014 com 5 meses de atraso, reportando perdas de mais de R$ 50 bilhões com corrupção, má gestão e desvalorização de equipamentos. Essa história todos já conhecem.

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Todos sabem que isso é impossível, pois uma empresa precisa investir, pelo menos, o que chamamos de Capex de manutenção, que nada mais é do que o investimento mínimo para manter a empresa “funcionando”.

E de lá para cá o que ocorreu?

Analisando que a Petrobras foi utilizada para conter a inflação, pois a cada 10% de reajuste de preços nos combustíveis (gasolina e diesel), o impacto é de 0,3% no IPCA (principal índice de inflação). E de janeiro de 2010 até final de 2014, a Petrobras foi utilizada para conter a inflação, não repassando a alta do preço da gasolina para o mercado interno. Isso gerou um rombo de mais de R$ 50 bilhões, o que agravou ainda mais a situação da empresa.

A entrada de Pedro Parente e a quebra de paradigma

No dia 30 de maio de 2016, após a divulgação do resultado do segundo trimestre de 2016 da empresa, dia 12 de maior, Pedro Parente assumiu a companhia.

Naquele momento, a empresa possuía uma dívida total de R$ 450 bilhões e uma relação dívida líquida / Ebitda de 5,03x. Ainda motivo sim de muita preocupação. Com 72% da dívida atrelada a variação do dólar.

Pedro Parente instituiu o processo de reorganização da empresa, com redução de gastos, iniciando com o PIDV (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário), ou seja, incentivando a redução do quadro de funcionários. Mais de 11.700 funcionários aderiram ao Plano, o que representa quase que 15% da mão de obra da empresa.

Aliado a isso, o segmento de distribuição de combustíveis, que citei acima que gerou um prejuízo de mais de R$ 50 bilhões, de janeiro de 2010 até final de 2014, passou a ser rentável e a ajudar na composição de receitas da companhia.

Além disso, na divulgação do terceiro trimestre de 2016, último resultado divulgado, a empresa reduziu a dívida total de R$ 493 bilhões (final do 4T15) para R$ 398 Bi (3T16), ou seja, quase R$ 100 Bi de redução. O indicador de Dívida Líquida / Ebitda, saiu de 5,31x no 4T15 para 4,07x no 3T16, e a meta é atingir 2,5x no final de 2018.

Vamos agora as quebras de paradigmas:

a) Metodologia de Preços de Combustíveis – Dia 14 de outubro de 2016, a companhia anunciou que passaria a utilizar metodologia de preços de combustíveis. Nesse dia, a empresa reduziu os preços de combustíveis, o que gerou certa apreensão no mercado, pois o mercado só acreditaria quando houvesse aumento de preços. E isso ocorreu no dia 6 de dezembro, com elevação nos preços do diesel e gasolina. A primeira quebra de paradigma. A metodologia estava sim sendo utilizada;

b) Venda de Ativos – Pedro Parente intensificou a venda de ativos. Vendeu a Liquigás para o Grupo Ultra. Venda da malha de 2,5 mil quilômetros de gasodutos NTS, venda de participação em capo do pré-sal para a Statoil. E ontem, dia 21 de dezembro, anunciou o acordo com a Total, onde a Petrobras vendeu fatias de campos do pré-sal para a francesa Total. Outra quebra de paradigma, com o investidor estrangeiro, voltando os olhos para o Brasil e para a Petrobras, depois de todo o processo de corrupção e destruição de valor da empresa. Isso demonstra regras mais claras e menor interferência governamental; e

c) Mudança do Modelo de Partilha – Quando se descobriu o pré-sal em 2007, foram suspensas as licitações de novos blocos de petróleo naquela região (“o petróleo é nosso”. Mas de que ainda o petróleo em aguas profundas se não podemos explorá-lo. Vale lembrar que a exploração do petróleo gera o pagamento pela concessão, pagamento de royalties e pagamento de participação especial. Aliado a isso, A Petrobras explora petróleo em outras regiões do planeta. Ah, e ainda gera investimentos, emprego, melhora na infraestrutura e por ai via. Só foram retomadas em 2010, com a introdução do novo modelo de partilha, onde a Petrobras era obrigada, isso mesmo, “obrigada” a entrar com no mínimo 30% de participação (pagando por isso) no pré-sal. A lei foi alterada, em dezembro, para “direito de preferência”, ou seja, a companhia decide se quer entrar ou não e se decidir participar, ficará com os 30%. Mais uma quebra de paradigma para a empresa.

Enfim, os fatores citados acima, demonstram que empresas bem geridas, com foco em retorno, com a venda de ativos que não fazem parte do core business da empresa, redução da mesma via PDVs, atraem o investimento estrangeiro, com regras claras e sem interferência governamental. A introdução da metodologia de preços de combustíveis já demonstra isso.

 

Fonte: Info Money

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